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Favelas abrigam 82 mil no Vale e população cresce 344% em 12 anos
Xandu Alves
11/19/20242 min read
As favelas no Vale do Paraíba abrigam 82.634 habitantes, número que supera a população de 30 cidades da região. Se todas as favelas se juntassem num único município, elas seriam a 10ª cidade mais populosa do Vale, depois de Lorena, que é a nona com mais moradores.
A população das favelas deu um salto de 344% entre os censos de 2010 e 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), passando de 18.610 para 82.634 no Vale.
Os dados do Censo 2022 do IBGE revelam que a região tem 115 favelas, o que representa um aumento de 219,44% na comparação com as estatísticas de 2010, quando foram registradas 36 favelas no Vale.
Naquele levantamento, o IBGE usava o termo “Aglomerado Subnormal” para se referir às favelas, termo que foi usado até 1991 e depois substituído, voltando a ser usado no Censo 2022.
Em todo o país, 16 milhões de pessoas moram em favelas. O IBGE captou um aumento de 43,46%, com quase cinco milhões de habitantes a mais nestas áreas em todo o Brasil desde 2010.
Cidades do Vale
Catorze cidades da região têm favelas, segundo o IBGE, com a maioria dessa população ocupando comunidades no Litoral Norte. São Sebastião está no topo com 23 favelas em 2022, depois aparecem Ubatuba (18), Ilhabela (13) e Caraguatatuba (12).
Na lista ainda estão São José dos Campos (12), Campos do Jordão (11), Jacareí (10), Tremembé (6), Cruzeiro (4), Bananal (2) e quatro cidades com uma favela cada: Caçapava, Guaratinguetá, Lorena e Pindamonhangaba.
Em 2010, as 36 favelas identificadas no Vale estavam em Jacareí (16), São José dos Campos (15), Caçapava (4) e Tremembé (1).
População
A maior população em favelas está em São Sebastião, com 24.619 habitantes, de acordo com o Censo 2022. Isso representa 30% do total de moradores da cidade, que tem 81.540 habitantes, também de acordo com o IBGE.
Ubatuba tem a segunda maior população em favelas (16.382), seguida de Campos do Jordão (9.063), Ilhabela (6.833), São José dos Campos (6.497), Jacareí (6.365) e Caraguatatuba (5.601).
Os números mostram que as cidades do Litoral Norte abrigam uma população de 53.435 pessoas em favelas, nada menos do que 64,66% do total de habitantes em comunidades carentes de toda a região.
“A desumanização daqueles que vivem à margem — um processo que, invariavelmente, passa pela linguagem — precisa cessar. Que a favela e o favelado sejam vistos, não apenas nas pesquisas, mas na compreensão geral da sociedade, como sujeitos, e não objetos de políticas ou estigmas”, disse Jota Marques, morador da Cidade de Deus, ativista dos direitos humanos e educador popular, em entrevista ao UOL.
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